sexta-feira, 23 de junho de 2017

CHOQUE DE REALIDADE – SEXAGÉSIMO PRIMEIRO DIA




Sexagésimo primeiro dia.

Hoje completo dezenove dias, que entrei nos EUA. Aqui em Stratford no Estado de Connecticut, na casa dos meus amigos Rangel, Grasiela e Manuela, já se passaram cinco dias, de descanso e vivendo um pouco o american way of life.

Não tem como passar uma temporada aqui e ter o choque cultural. Primeiro você se surpreende com a educação do pessoal que vive nesse país, seja ele americano ou imigrante.

Em todos os locais que entrei, você é recebido com um Good day sirco, com a pergunta How is your day today? E para finalizar have a nice Day. Além é claro que em todo lugar que você entrando ou saindo , quando tem uma pessoa saindo ela segura a porta ou você segura a porta para ela e ela manda logo o thank you sir. Difícil falar e fazer isso ai no Brasil não é? Não, não acho que seja muito difícil. Basta querer. Pois quando você está aqui você faz.

Outra coisa são as ruas. Limpas, claro que existem locais em que há sujeira, papeis voando pelas calçadas, mas na maioria das cidades em que passei e estou conhecendo, não se vê lixo jogado na rua. Ruas asfaltadas, sem quebra molas, com veículos andando na velocidade correta.

No trânsito, o que mais tem me espantado, é que em alguns cruzamentos não tem sinal (semáforo, sinaleira). Aqui o primeiro a chegar tem a preferência e ela é respeitada.

Pelo que escuto dos imigrantes que estou convivendo aqui, o imposto que você paga, você vê o resultado dele aplicado na cidade e na comunidade.

A lei aqui é respeitada, porque ela existe e é aplicada se você é pobre ou rico, por isso as coisas funcionam. A lei aqui vale para todos.

Nem vou falar da condição financeira, sei que no Brasil também existem os fora de contexto, tanto para cima como para baixo. Mas é impressionante, de deixar a boca aberta. Dia desses fui com o Rangel em uma cidade próxima. As cidades aqui são muito próximas uma das outras, não tem aquele espaço vazio que existe no Brasil, são como bairros de uma grande metrópole, confunde minha cabeça as vezes. Então, fui em uma cidade dessas que o padrão é alto. Entremos em uma casa e que o amigo do Rangel estava e ele nos levou à garagem dela. Nossa! Quase cai de costas. Um espaço enorme devia ter uns vinte carros estacionados. Todos cobertos. Tinha Ferrari, Porsche , Aston Martin, Alfa, coisa de cinema.

Você pode estar pensando. Puxa que texto chato esse do Rocha. Fazer comparação é fácil. Não é nesse sentido que estou escrevendo o texto. Faço comigo mesmo o questionamento que faço agora a vocês. Será que não podemos fazer a mesma coisa aí no Brasil? Ser educados, não jogar lixo nas ruas. Respeitar as leis e cobrar de nossos administradores que o dinheiro de nossos impostos seja revertido em benfeitorias para nosso bairro e nossa cidade. E porque somos diferentes, quando estamos fora do nosso País? Seria isso muito difícil ser dessa forma ai?

Ontem ganhei uma lembrança do Rangel com dedicatória e tudo. O livro The Schack, o filme é espetacular, agora vou ler o livro. Claro que vou sofrer para ler, mas segundo o Rangel é para eu ir já treinando meu inglês. Ah! o nome do livro traduzido para o português é A Cabana, simplesmente sensacional e emocionante, vale a pena assistir.







Enquanto isso Nilton e Ricardo já começaram o caminho de volta. Não sei que dia eles vão chegar aqui. Só sei que hoje começa a contagem regressiva para a volta ao Brasil.

Ia me esquecendo M está em um SPA, para ver se a embreagem fica boa. Aproveitei e troquei as pastilhas de freio dianteiras e as sapatilhas, pois serão 24.000 Km de volta.

Beijos fiquem com Deus.


Vejam as fotos: