segunda-feira, 5 de junho de 2017

DE MATEHUALA NO MÉXICO À LAREDO NOS EUA QUADRAGÉSIMO TERCEIRO DIA






Quadragésimo terceiro dia.


Quero começar meu texto, agradecendo muito a DEUS, por ter me dado a oportunidade de fazer essa viagem, me protegendo em todos os momentos que precisei, me fazendo sentir que vale a pena ser uma boa pessoa, um bom filho, um amigo e um bom pai.

Também quero agradecer meu filho, que hoje está sozinho em casa. Apoiando-me, chamando minha atenção nos momentos certos, curtindo comigo essa viagem. A Izabella minha norinha querida, que me manda mensagens de apoio, sempre.

Não podia deixar de agradecer minha mãe Beatriz, meus irmãos, Mirian, Denise, Gilson e Ana Paula, meus sobrinhos e sobrinhas, Carolina, Victor, Amanda, Othávio, Bruna, Luciana, Henrique, Flávio, meus sobrinhos e sobrinhas agregadas, Sandro, Leonardo, Flávia, minha sobrinha e sobrinho neto Letícia e Márcio, minha cunhada Cristina, meus cunhados Vieira e Ricardo. Sem vocês a vida não seria fácil.

A todos os meus amigos, que comigo curtem, seja no Whatzap, Facebook  ou por e-mail essa viagem.

Ao Nilton, Ricardo e Edison que me aceitaram nessa viagem, sem eles não seria possível eu estar aqui.

Também especialmente a Érika que tem me ajudado muito a encontrar Deus, em todos esses momentos que precisei.

Obrigado a todos vocês, não seria possível essa viagem sem o apoio de vocês.

Depois de agradecer a todos, desculpem pela as palavras a seguir. #EUSOUFODA!, e DEUS ESTÁ COMIGO!

Antes de sairmos de Matehuala, passamos no Banco para pagar uma taxa de saída do México, demorou um pouco, pois o Ricardo me informou depois que antes de pagar a taxa teve que passar na prefeitura local.

Saímos já eram mais de 10H:30min, em direção a Laredo no Texas. A estrada é espetacular, só não é espetacular o preço dos pedágios aqui. O ultimo foi de $109,00 pesos por moto. Mas vale a pena, pois não tinha um buraco sequer na rodovia.

Três coisas me chamaram a atenção na rodovia. O calor, as placas que indicam a presença de água na rodovia, não sei se é para beber ou refrescar e a terceira a limpeza delas.

Mais uma vez M, me deixou preocupado. Hoje Eu era o responsável por pagar os pedágios. Fizemos uma caixinha, pois fica mais fácil para acertar as contas depois. No penúltimo pedágio, esse antes de Monterrey, custei a colocar a moto no neutro. Alicateei a embreagem. Espera ai! Alicateei, isso mesmo. É o termo que o Catarina Nilton usa para o ato de apertar a embreagem. Senti que ela estava sem pressão. Quando fui arrancar a moto depois de ter pagado o pedágio, assim que coloquei a primeira marcha ela apagou. Putz! Agora danou-se tudo, sem embreagem vai ser dureza arrancar. Liguei M novamente, e coloquei em segunda marcha e arranquei. Graças a Deus ela foi embora sem apagar. Mais um pouco adiante, falei com o Nilton que minha embreagem não estava nada boa e falei com o Ricardo através do intercomunicador que assim que aparecesse uma descida iríamos parar para eu passar o dinheiro dos pedágios para alguém.

Depois da parada para o repasse do dinheiro dos pedágios, fomos em direção a Monterrey. Não sei por que, mas lembrei do Zorro e do Sargento Garcia (risos). Eita! Infância boa a minha. Chegamos a Monterrey e fomos direto para uma concessionária BMW. Para falar a verdade não fomos muito bem recebidos. O tratamento é diferente aqui. Iríamos aproveitar que o pessoal iria olhar a embreagem e trocar os pneus, pois a M, estava precisando de uma nova sapatilha traseira, uma vez que o pneu (MAXIS) que coloquei em Quito, já estava apresentando um desgaste muito grande e o pneu do Nilton também já estava com sinais de desgaste. Não conseguimos nada com o pessoal da BMW. Somente o mecânico Diego é que olhou a embreagem, fez uma sangria e aparentemente a embreagem voltou ao normal. Aparentemente porque na fronteira com os EUA ela voltou a ficar frouxa.

Saímos de Monterrey sem trocar os pneus. O calor chegava à casa dos 46,5 graus, fora o bafo que subia do asfalto. Insuportável. E lá se vão mais uns 200 Km até a fronteira dos EUA. Aqui o calor é intenso e já com o pneu combalido, paramos em um posto para abastecer as motos e nós. Eis que estou parado na bomba de gasolina, quando o frentista, falou comigo que meu pneu traseiro estava furado. Lá vai novamente o Ricardo e o Nilton, colar o furo. Eles podem montar uma borracharia quando voltarem ao Brasil são muito bons nisso. Pneu colado e moto abastecida aproveitei a água do posto para molhar minha camisa e cabeça. Que calor é esse minha gente!

Hoje rodamos, cerca de 550 Km. Agora são 22H:10min, aqui em Laredo, nos Estados Unidos. Aqui está quente, a temperatura agora é de 31 graus.

Pode falar sou Foda não é mesmo. Vai gostar de moto assim.

Beijos fiquem com Deus.


Vejam as fotos:

































DE ACAPULCO À MATEHUALA NO MÉXICO QUADRAGÉSIMO SEGUNDO DIA





Quadragésimo segundo dia.

Vamos lá para mais um dia dessa aventura fantástica, rejuvenescedora e revigorante. Podem achar que sou presunçoso, mas é isso que sinto em relação a essa aventura que estou realizando.

Ontem a noite estava conversando com o Nilton e com o Ricardo e falei o seguinte:
- Nós vivemos em um país de mais de 200 milhões de habitantes. Vocês imaginam quantas pessoas fizeram essa viagem de moto? Não? Nem eu. Uma coisa eu sei, essa nossa aventura, é para que nossos netos contem aos amigos, que o avô deles, fez uma viagem de ida e volta ao Alaska de motocicleta. E você tem um amigo que fez uma viagem como essa? Não? Agora vai ter uma história para contar no seu trabalho, no seu círculo de amizades, enfim para todos aqueles que de algum modo participam da sua vida. E é isso que estou fazendo. Contando minha história, para meus amigos e para os amigos dos meus amigos. Como escrevo todo dia nas mensagens do Whatzap e do e-mail, espero que estejam gostando.

Hoje decidimos que não ficaríamos mais um dia em Acapulco. Vamos em direção aos EUA. Fizemos a rota ontem a noite e nossa intenção é chegar o mais perto possível da fronteira.

Nossa rotina de andar de moto, às vezes é muito complicada. Pegamos estradas boa, estradas ruins, muitas curvas e muitas retas, mas vale a pena tudo isso. Hoje por exemplo, quase chegando onde estamos agora, pegamos uma estrada, duplicada, sem pedágio e com longas retas. Sabe como é não é? Não tem como andar a 80 Km por hora, então andamos acima dos 120Km. Claro que o medo da polícia nos parar é que nos freia, além do mais meu pneu não está lá grandes coisas. Amanhã vou ver se tem uma loja aqui, pois vamos à cidade tentar pagar a taxa de saída do México que é de 500 pesos. Por falar em pagar pagamos 696 pesos de pedágio. O que equivale a quase US$40,00 é mole?

Hoje rodamos, cerca de 960 Km. Agora são 20H:07min, aqui em Matehuala, no México. Aqui está quente, a temperatura agora é de 27 graus.


Beijos fiquem com Deus.



Vejam as fotos: