Nonagésimo primeiro dia.
Hoje vou começar meu texto
com a música do Belchior, que foi cantada com maestria pelo meu amigo Rangel
Faria, quando ainda estava em Straford nos EUA. Essa música sempre vai fazer
parte da minha história, primeiro por traduzir um pouco esse tempo que estou
longe de casa e por outro lado por me fazer lembrar da Manuela, Grasiela e do
Rangel que me acolheram em sua casa como se fosse um parente bem próximo.
“Tudo Outra Vez
Belchior
Há tempo, muito tempo
Que eu estou
Longe de casa
E nessas ilhas
Cheias de distância
O meu blusão de couro
Se estragou
Oh! Oh! Oh!
Ouvi dizer num papo
Da rapaziada
Que aquele amigo
Que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé
Já se mandou
Oh! Oh! Oh!
Sentado à beira do caminho
Pra pedir carona
Tenho falado
À mulher companheira
Quem sabe lá no trópico
A vida esteja a mil
E um cara
Que transava à noite
No "Danúbio
azul"
Me disse que faz sol
Na América do Sul
E nossas irmãs nos esperam
No coração do Brasil
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do
estrangeiro
O fim do termo Saudade
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Até parece que foi ontem
Minha mocidade
Com diploma de sofrer
De outra Universidade
Minha fala nordestina
Quero esquecer o francês
E vou viver as coisas
novas
Que também são boas
O amor, humor das praças
Cheias de pessoas
Agora eu quero tudo
Tudo outra vez
Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do
estrangeiro
O fim do termo Saudade
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar
Gente de minha rua
Como eu andei distante
Quando eu desapareci
Ela arranjou um amante
Minha normalista linda
Ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Hum! Huum!”
Nessa segunda parte do
texto, quero falar de quatro pessoas que marcaram muito essa aventura que
começou no dia 24/04/2017 no bairro Santa Mônica em Belo Horizonte, no Estado
de Minas Gerais.
Quero pedir licença a “marmanjada”
que me ajudou, tirando seu tempo para pesquisar e correr atrás das coisas que
eu lhes pedia, mas nesse antepenúltimo texto do blog, quero agradecer a quatro
mulheres que fizeram parte dessa grande aventura, cada uma com seu jeito de
participar.
A primeira delas é uma
pessoa que me ajudou espiritualmente. Há muito tempo que não frequentava uma
igreja e Érika me convenceu a ir. Estava precisando muito, meu coração estava
muito dolorido e foi conhecendo uma forma diferente de ver a palavra de Deus,
que consegui suportar, conviver e agora entender muita coisa que vem
acontecendo comigo. Durante toda a minha viagem assumi um compromisso com Érika
de ler a Bíblia todos os dias, em alguns momentos confesso que não li, mas passei
a cumprir minha promessa todos os dias. Sei que Deus tomou conta de mim, nessa
viagem, senti a mão dele por diversas vezes me tirando de perigos inimagináveis
e sei que ele sempre vai olhar por mim. Quero agradecer a você Érika por não
ter me abandonado e não deixar que eu também abandonasse sua família, vocês são
parte importante na minha história e peço a Deus que continue de iluminando
sempre, que você seja guia para outras pessoas, pois você é uma pessoa de Deus.
A segunda é a Rita Alvim que também participou ativamente do blog, mandando mensagens
engraçadas, de incentivo, carinhosas. Muitas vezes pensei em parar de escrever,
mas via que Ritinha representava uma série de pessoas que ficavam ansiosas por
ler meus textos e assim continuava a escrever todos os dias, pensando como
seria a reação do pessoal em casa, tendo a oportunidade de viajar comigo uma
viagem maravilhosa, apesar dos últimos acontecimentos. Obrigado Ritinha, na sua
pessoa homenageio todos que mandaram seus comentários sejam eles registrados no
face ou no Blog.
A terceira, não conheço
pessoalmente. Só a conheço por foto e por vídeo. Obrigado Cintia, por ter sido
minha companheira diária nessa viagem. Obrigado pelas palavras carinhosas de
apoio, pelos longos papos em vídeo, pelas longas conversas no WhatsApp, pelo
incentivo em continuar em frente, por se preocupar quando sentia dores no final
do dia. Por estar sendo essa pessoa maravilhosa que têm sido ao longo desses
noventas dias de amizade virtual. Toda vez que parávamos para descansar,
confesso que minha maior vontade era de conseguir a senha do Wi Fi, para falar
com a desconhecida. Os Catarinas e o Gaúcho pegavam no meu pé, mas sei que vai
valer a pena te conhecer pessoalmente. Através de você homenageio todos aqueles amigos que virtualmente acompanharam
essa minha viagem ao Alaska, que acabou não se realizando pessoalmente, mas
através de dois grandes novos amigos Nilton e Ricardo.
A quarta é uma pessoa que
amo muito. Tentei lembrar aqui como nós a chamávamos lá em casa. Desculpe AP,
minha irmã caçula que nos últimos dias, virou minha secretária ai no Brasil,
correndo atrás de informações, de empresas, perdendo o seu tempo, comigo. Tá! Sei
que você esta falando aí que não foi perda de tempo, mas tomei um pouco dele,
não é mesmo? Não esperava outra coisa de você a não ser isso. Pois sei que você
sabe que qualquer um de nós faria a mesma coisa, afinal de conta o Pirecão e a
Bê, nos ensinaram muito bem a nos amarmos. Ana, você representa aqui nossa
família e agradeço a todos, que correram atrás para resolver essa questão dos
últimos dias. Através de você também homenageio, queridos amigos que deixarem
seu trabalho para me ajudar. Obrigado por tudo minha irmãzinha querida. TE AMO
MUITO. Obrigado de coração.
Bom, espero que vocês me
desculpem por escolher essas quatro mulheres maravilhosas que fazem parte da
minha vida.
Agora só volto a escrever,
depois que o Nilton e o Ricardo chegarem a suas respectivas casas. Aí sim, vou
dar por encerrada essa aventura histórica para mim.
O blog vai alcançar a
expressiva marca de 40.000 visualizações, obrigado a todos.
Até o penúltimo texto
então, Porque o último a DEUS pertence decidir.
Obrigado, beijos fiquem
com Deus.