Vigésimo quarto dia.
Hoje acordamos por volta das 07H:00, vamos rodar o dia inteiro, então
tomamos o café da manhã no hotel e partimos em direção à Cartagena.
Saímos do hotel e paramos logo a
frente para abastecer as motos. Sair de Medelin foi osso, vira para cá, vira
para lá, pega viaduto, passa debaixo de viaduto e finalmente pegamos o caminho
certo.
Como já estou acostumado, e acho que vocês também, a Colômbia é um país de
montanhas e lá vamos nós subi-las. Saímos de uma temperatura de 26 graus para
uma de 15 graus. Aja saúde para aguentar isso.
Nem preciso falar que foi curva atrás de curva, e um monte de caminhões, mas
nos saímos muito bem.
Ufa! Acabaram-se as curvas, estrada tava uma beleza. Rodando na velocidade
combinada, um pouco a mais quando era reta. Já se passavam das 11H:00 e meu estomago
já começa a reclamar. Paramos para abastecer e Ricardo me ofereceu o último
biscoito ou bolacha do pacote, foi o suficiente para enganar a fome. Na
rodovia, também tinha uma série de barreiras caídas. A chuva aqui vem
castigando esse povo. Mas até agora tudo bem.
Não posso falar que está tudo bem que acontece um imprevisto. Olha o tamanho
da fila de caminhões e carros. Chegamos na ponta e estrada interrompida pela
enchente. O que fazer?
Ah! Lembra da fome? Então todos estavam com fome. Nilton já queria almoçar
antes de chegarmos nessa situação, então resolvemos voltar cerca de 15 Km em um
restaurante que vi, claro que fui eu, porque o Nilton não enxerga nada, só a
estrada, nós e o GPS.
Almoçamos um peixinho. Olha! As melhores horas do dia, sem falar em pilotar,
são o café da manhã, o almoço e o jantar, porque ali rola a maior descontração.
São piadas, casos, situação de estrada e uma sessão de riso generalizada, o
povo aqui deve achar que somos doidos.
Bom o que fazer? Ficamos aqui na estrada até o rio abaixar e seguir viagem,
dormimos na cidade um pouco antes, ou atravessamos aquele aguaceiro?
Situação resolvida. Vamos até onde o trânsito parou e se der atravessamos. Pronto!
Chegamos. Olha daqui, olha dali, parece perto, uma distância de 200 metros no
máximo e resolvemos atravessar. Afinal de contas estamos ou não em uma
aventura? Sim, pensei comigo mesmo. Tinha um reboque carregando carro e moto
para o lado de lá e trazendo os outros para cá, mas cobrava 50.000 pesos.
Achamos caro e resolvemos ir em frente.
Começou a aventura. O outro lado parou de vir carro e caminhão. E lá fomos
nós atrás do Reboque e de uma camionete.
Nossa travessia estava tranquila. Ricardo na frente, Eu, Nilton e Edison,
desenvolvíamos uma velocidade razoável, tudo de primeira marcha e com
aceleração mais forte. Eis que a camionete parou. Aí meus amigos, desculpe a
expressão, fudeu (risos).
O cara tinha que parar no meio do caminho? Não. Tinha que manter a
aceleração constante. Só que isso não aconteceu e nos prejudicou. Para piorar a
situação, começaram a vir carros e caminhões do outro lado. Ai meu Deus! Porque
que não paguei os 50.000? Agora não tem jeito. É manter a aceleração alta, de
primeira marcha, pés dentro d’água e rezar para que não ocorra nada. Quem fez a
medição da distância? 200 metros? PQP quem fez errou feio, deve ter sido mais de
500 metros.
Ricardo ia na frente, quando de repente. Bah Tchê! Lá se foi Ricardo e a
moto para dentro d’água. Minha nossa senhora! Parei. A moto apagou. Os caminhões
na direção contrária faziam umas marolas que junto com a correnteza, me faziam
tremer da cabeça aos pés. Vi que o Ricardo,
conseguiu levantar a moto sozinho e ajudado depois por dois meninos
fazê-la funcionar. Dei partida novamente e a moto pegou. Graças a Deus! Mas
ainda vinha os caminhões ao contrário. Esperei mais um pouco e a correnteza me
empurrando para o lado. Vou cair. Não posso pensei comigo. Força Rogério. Fé em
Deus que tudo vai dar certo. Ah! Que bom os caminhões pararam. Consegui andar
mais um pouco e a moto apagou novamente. Nossa! Não sei o que faço. Olhei para
o lado e Nilton estava me ultrapassando. Falei com ele. A moto apagou. Pobre
parceiro de viagem, não tinha nada a fazer a não ser tentar chegar ao outro
lado. Ufa! A moto ligou novamente. Aceleração mais forte e conseguimos sair do
outro lado. Primeiro o Nilton, depois Eu em terceiro Edison e por fim Ricardo.
Graças a Deus. Minha moto estava falhando, não queria desligá-la, fui até o
próximo posto. Paramos, para relaxar e acalmar os nervos. Estávamos todos
agitados e tremendo. Enfim todos bem.
Estão achando que é muita fantasia? Vejam no youtube no canal do Edison no link abaixo:
https://youtu.be/-ZmHiVBsORA
Chegamos aqui em Sincelejo, na Colômbia, por volta das 17h:30min, aqui está
quente no momento, por volta dos 32 graus.
Agora são 19h41min horas aqui em Sincelejo, andamos 500kms, temperatura
ambiente por volta dos 33 graus, chegando no topo da serra a 15 graus. Hoje foi
um dia quente, mas bom para pilotar.
Para diversão, vejam o vídeo e reparem na mulher na garupa.
Beijos fiquem com Deus.
Vejam as fotos:
O cara só vê o GPS e nada na estava? Maninho, é vc meu irmão gêmeo? 😂
ResponderExcluirNão entendi. Gêmeo kkk me ajuda ai né. Sou mais bonito
ExcluirPqP mesmo!rsrs KD o juízo de vcs? Que sufoco! Se lendo já fiquei ansiosa imagino na real! Lição aprendida né?! Bem.. agora é a gelada pra relaxar! Vou ver o vídeo! Bjos e Deus acompanhe! AP
ResponderExcluirJá tomei todas as geladas possíveis para amenizar o acontecido. Lição aprendida. Bjos
ExcluirNossa que aperto Rogério. Graças a Deus que deu tudo certo. Abç
ResponderExcluirNossa fala não Ritinha. O maior sufuco
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